quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Os "valores" por um valor...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Tenho visto desde muito tempo mas nestes últimos tem se intensificado. A venda de "valores" sociais por algum favor ou interesse, neste ano, eleitoral por sinal é evidente os acordos, as "vistas grossas", sobre temas e opiniões que desafiam os valores que construíram esta sociedade.


Sobre tudo os valores que formaram a sociedade  "Judaico-Cristã-Ocidental", acontece que com a negação destes valores que serviram de base para o surgimento e consolidação desta sociedade,  corremos o sério risco de voltar a barbarie, a relativização do direito a vida, a destituição da dignidade humana, a destruição da familia e conseqüente destruição social e humana.


Meu objetivo aqui é fazer uma reflexão sobre a conduta dos "Cristãos", perante os  desafios colocados a sociedade do nosso tempo. Faço referência a um conhecido pacifista: "Conheci Cristo fiquei admirado, conheci os cristãos fiquei decepcionado" (Gandhi), quem na verdade foi Cristo? Como Cristo viveu? Como atuou em favor da sociedade?


Na primeira questão precisaríamos de uma obra chamada "Cristo por ele mesmo", são tantas visões de um cristo rei, glorioso, vitorioso, político, revolucionário... em fim, tudo menos talvez ele. Isso se faz necessário para a definição de quem foi/é Cristo, pois em busca de uma legitimação todos fazem tudo em nome do cristo, todos são de cristo, cristo foi isso... aquilo... e aquilo outro, todos com o objetivo de legitimar a sua causa, amparados por uma leitura muitas vezes limitada e parcial da pessoa de Cristo.  É necessário analisar a pessoa como um todo não dividi-la de acordo com o nossos anseios e interesses.


Cristo não teve uma vida dividia viveu intensamente pelo seu próximo, coerente com a tradição do seu povo, não buscou glória mas buscou sim a vida para todos. Não uma vida de pequenos e grandes, ricos e pobres, oprimidos e opressores, mas sim a vida em abundância... uma vida social justa e não individualmente justa, onde poucos se beneficiam da desgraça de muitos, onde só os espertos ganham.


Cristo separou antes de tudo os interesses dos poderosos com os de Deus, "Daí a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus". Muitos arrogam o direito de governar em nome de Deus, pelo projeto de Deus ou ainda tendo Deus como aliado, como sócio. Busca a falsa imagem de respeitado, coerente, honesto pelo simplesmente colocando o nome de Deus nas falas e/ou discursos. Não devemos ceder diante dos interesses "ocultos" e maquiados, dos quais muitas vezes vem embalados em uma ética religiosa... para dar a Deus o que é de César.


E no final de tudo os cristãos que se dizem seguidores do salvador, libertador, misericordioso... Não são salvadores das mentes fracas e oprimidas, não são libertadores do ignorantes, muito menos misericordiosos com o próximo. Pois vendem suas opiniões e lemas de vida por qualquer valor, sobretudo financeiro.  Não agravando a todos, mas realçando que esta realidade é uma crescente espantosa.

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